quarta-feira, 1 de julho de 2009

Onde estais, que não vos reconheço

Mais uma época que teima arrastar-se numa orla de jornadas, que para nós, apenas servem porque estão definidas no calendário.
Já longe dos objectivos de competição, tão longe que nem nos lembramos, tão longe que nem parecem ter sido traçados para nós. Só nos resta o épico lema de jogar pela honra, pela nossa honra e do pesado emblema que carregamos. É aqui que me perco… Como é que uma equipa tão habituada a vencer, talhada para os momentos de glória… Uma equipa que já foi o espelho de exemplo, a cobiça de todos os que acreditam que o todo se sobrepõe às partes… O sonho de muitas atletas e ambição de inúmeros treinadores… Como é que uma equipa, que sempre foi a simbiose perfeita entre a qualidade e a psicopedagogia inquebrável, tendo como consequência os tão ambicionados títulos… Uma equipa que esteve no palco da ribalta, nos flashes dos fotógrafos, nos gravadores dos jornalistas, na mira do sucesso… Como é que esta equipa não consegue, longe dos objectivos desportivos, lutar em campo pelo que tem de mais nobre, de mais seu: a sua honra!

In: "História de uma treinadora que é mulher" - Talvez publicado um dia...

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