Caminho à noite na floresta.
Os trovões penetram-me estrondosamente, bloqueando-me os pensamentos. Não há lua nem luar… A noite é pesada e escura…
Caminho descalça na floresta… Desbastada pelos incêndios… O vento não agita os ramos, assobiando-me verde esperança. Não agita os ramos, pois não há árvores, nem ninhos… Apenas cinzas…
Não se ouve o uivar dos lobos, nem o canto das corujas… Não há vida…
Continuo a caminhar descalça na floresta, e os meus pés sangram…
A chuva mistura-me as lágrimas… A cada passo os meus pés sangram mais…. A cada passo o nevoeiro adensa-se…
Eu sei porque caminho, só não percebo a tempestade…
Finalmente, a encruzilhada…
Os pés não aguentam o corpo, e caio de joelhos…
Mais um trovão, mais chuva, mais nevoeiro…
Ajoelhada na encruzilhada, limpo as lágrimas, mas não limpo a visão…
A noite escura não pode esperar… Não mais…
A floresta espera a minha escolha….
De joelhos em frente à encruzilhada, tenho mesmo que avançar…
Vou pelo caminho que quero, ou, pelo que sei que tenho que ir?
Foste pelo caminho que querias.. Mas pelo menos esse caminho levou.te pa um oasis fantastico! E la tavamos todas à espera pq sabiamos que mais tarde ou mais cedo ias la voltar x)
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